São Francisco de Assis realmente profetizou o cisma e a apostasia na Igreja?

Salve Maria e a Paz de Nosso Senhor! Hoje é sexta-feira, dia dos Mistérios Dolorosos e o dia da semana que dedico, neste espaço exclusivo para assinantes, a falar da crise na Igreja e dos problemas relacionados a esse tema específico. Nesse rol se incluem as profecias a respeito, escatológicas ou não (escatologia, como já devem saber, é a disciplina da Teologia que estuda os eventos relacionados ao fim dos tempos).

Hoje trataremos, pois das profecias do santo Pai Seráfico, como o chamam os frades: o gigante São Francisco de Assis, que nunca foi aquele jovenzinho saltitante que corria alegremente atrás de passarinhos, como vemos em filmes e figuras modernistas, mas sim um grande asceta e um destemido evangelizador que enfrentou, sozinho, “sem bolsa nem alforje”, um exército sarraceno, adentrando o seu acampamento e pronto ao martírio para tentar converter o sultão Al-Malik al Kâmil al Ayoubi – e não foi amigavelmente recebido em nome do respeito humano, como vejo alguns (verdadeiros ‘caras de pau’) dizerem por aí, mas só não foi executado nessa ocasião, da maneira mais cruel possível, pelo fato de o Sultão ter-se admirado com a sua imensa coragem (aqui temos um bom texto a respeito).

Sim, é fato que São Francisco escreveu profecias sobre o futuro da Igreja. Seus escritos foram publicados, traduzidos para inglês, no ano 1882, com o Imprimatur do Bispo de Birmingham, sob o título “Obras de São Francisco” como reedição de uma publicação alemã anterior, em Colônia, no ano de 1848 (a obra pretendia ser prática e devocional, por isso não contém referências aos autores da compilação que contém). O original em inglês está disponível na biblioteca digital “Internet Archive”, digitalizado pelo Google como parte da coleção da Universidade de Harvard. e pode ser encontrado neste link. O texto que disponibilizamos mais abaixo, traduzido, é do capítulo XIII, intitulado “O Santo profetiza grandes cismas e tribulações na Igreja”, iniciando à pág. 248.

Dada a intensidade e a assustadora atualidade da profecia, creio que se destinava a nos alertar a todos, fiéis católicos, sobre os últimos tempos, sobre a apostasia final da Igreja e quanto ao falso profeta precursor do Anticristo. O desafio é ler e não tremer!

Tradução da obra “WORKS OF THE SERAPHIC FATHER ST. FRANCIS OF ASSISI”

Capítulo XIII, pp. 248ss.


Pouco antes da morte do Pai santo, ele convocou seus Filhos e os alertou sobre problemas que haviam de vir, dizendo: “Ajam com bravura, meus irmãos; ganhem coragem e confiem no Senhor. Aproxima-se o tempo no qual haverão grandes provas e aflições; perplexidades e discórdias, tanto espirituais como temporais; [essas coisas] virão em abundância; a caridade de muitos esfriará, enquanto a malícia dos ímpios aumentará.

Os demônios obterão um poder fora do usual; a imaculada pureza de nossa Ordem, e de outras, será tão obscurecida que haverá bem poucos cristãos obedientes ao verdadeiro Soberano Pontífice e à Igreja Romana com corações leais e caridade perfeita.

Nos tempos desta tribulação, um homem não canonicamente eleito será elevado ao Pontificado; ele, com a sua astúcia, empenhar-se-á em levar muitos ao erro e à morte. Então escândalos se multiplicarão, nossa Ordem será dividida e muitas outras serão totalmente destruídas, porque consentirão o erro em vez de o combater.

Haverá uma tal diversidade de opiniões e cismas entre o povo, os religiosos e o clero, que, se aqueles dias não fossem abreviados pela imensa misericórdia de Deus, se não fossem guiados no meio de tão grande confusão, segundo as palavras do Evangelho até os eleitos seriam levados ao erro. Então a nossa Regra e nosso modo de vida serão violentamente combatidos por alguns, e provas terríveis cairão sobre nós.

Os que permanecerem fiéis receberão a coroa da vida; mas ai dos que, confiando somente em sua Ordem, tornarem-se “mornos”, pois não serão capazes de suportar as tentações permitidas como teste para os eleitos. Os que perseverarem em seu fervor, e que mantiverem sua virtude com amor e zelo pela verdade, sofrerão injúrias e perseguições como sendo rebeldes e cismáticos; pois os seus perseguidores, instigados por espíritos malignos, dirão que prestam um grande serviço a Deus, eliminando-os como se fossem seres pestilentos; mas o Senhor será o refúgio dos aflitos e salvará todos que n’Ele confiarem. E a fim de serem como o seu Mestre, estes, os eleitos, agirão com confiança, e com sua morte obterão para si próprios a vida eterna; escolhendo obedecer a Deus e não aos homens, eles não temerão nada e preferirão perecer do que aprovar a falsidade e a perfídia.

Alguns pregadores manterão silêncio sobre a verdade, outros a calcarão aos pés e a negarão. A santidade de vida será desprezada até pelos que exteriormente a professam, pois naqueles dias Nosso Senhor Jesus Cristo lhes mandará não um verdadeiro pastor, mas um destruidor.

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A BÍBLIA CONFIRMA A SANTA IGREJA

A BÍBLIA COMO “ÚNICA REGRA” É HERESIA:
 
“Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular.”
(2 Pedro 1,20)
 
“Escrevo (a Bíblia) para que saibas como comportar-te na Igreja, que é a Casa do Deus Vivo, a coluna e o fundamento da Verdade.”
(1Timóteo 3,15)
 
“…Vós examinais as Escrituras, julgando ter nelas a vida eterna. Pois são elas que testemunham de Mim, e vós não quereis vir a Mim, para terdes a vida.”
(João 5,39-40)
 

“Porque já é manifesto que vós (a Igreja) sois a Carta de Cristo, ministrada por nós (Apóstolos), e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração (…); o qual nos fez também capazes de ser ministros de um Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.”
(2Cor 3,3.6)

A IGREJA SEMPRE OBSERVOU A TRADIÇÃO APOSTÓLICA
 

“Em Nome de nosso Senhor Jesus Cristo, apartai-vos de todo irmão que não anda segundo a Tradição que de nós recebeu.”
(2 Tessalonicenses 3,6)

“Então, irmãos, estai firmes e guardai a Tradição que vos foi ensinada, seja por palavra (Tradição), seja por epístola nossa (Bíblia). ”
(2 Tessalonicenses 2, 15)
 
JESUS CRISTO INSTITUIU O PAPADO
 

“Tu és Pedra, e sobre essa Pedra edifico a minha Igreja (…). E eu te darei as Chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus.”
(Mateus 16, 18)

“(Pedro,) apascenta o meu rebanho.”
(João 21,15-17)

“Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós (Apóstolos), para que da minha boca os pagãos ouvissem a Palavra do Evangelho.”
– S. Pedro Apóstolo, primeiro Papa da Igreja de Cristo (Atos dos Apóstolos 15, 7)
 
“Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma os teus irmãos.”
– Jesus Cristo a S. Pedro (Lucas 22, 31-32)
 
A IGREJA SEMPRE VENEROU MARIA COMO MÃE DE DEUS
 

“Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do Senhor? (Mãe do Senhor = Mãe de Deus, pois Jesus é Deus)”
O Espírito Santo pela boca de Isabel à Virgem Maria (Lucas 1,43)

“De hoje em diante, todas as gerações me proclamarão Bem-aventurada!”
– Santíssima Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor
(Lucas 1, 48)

NÃO HÁ VÁRIAS IGREJAS E SIM UMA SÓ
 

“Há um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo”
(Efésios 4,5)

“Ainda que nós ou um anjo baixado do Céu vos anuncie um evangelho diferente do nosso (Apóstolos), que seja anátema.”
(Gálatas 1, 8)

NÃO HÁ SALVAÇÃO SEM A EUCARISTIA
 

“Em Verdade vos digo: se não comerdes da Carne e do Sangue do Filho do homem, não tereis a Vida em vós mesmos.”
(João 6, 56)

“Minha Carne é verdadeiramente comida, e o meu Sangue é verdadeiramente bebida.”
(João 6, 55)
 
“O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão que partimos não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?”
(1ª aos Coríntios 10, 16)
 
A IGREJA SEMPRE CREU NA INTECESSÃO DOS SANTOS, QUE ROGAM POR NÓS NO CÉU
 

“E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos, da mão do anjo, diante de Deus.”
(Apocalipse 8, 4)

“Aqui (no Céu) está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a Fé em Jesus.”
(Apocalipse 14, 12)
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