Padre condenado ao Inferno recebe segunda chance


Segue uma história impressionante que é para todos nós, antes de tudo, uma preciosa lição de vida. Podemos aprender com este caso o fundamental da vida, nada menos.


Ele não amava sua vida de sacerdote

Durante doze anos se preocupou mais com o que os demais pensavam dele, que do seu ministério sacerdotal. Se preocupou com o seu prestígio como sacerdote, especialmente diante dos seus companheiros de ministério.

Não assistia à direção espiritual com outros sacerdotes, ou se o fazia, focava em coisas superficiais, como que para se sair de seu compromisso.

Não fazia as orações do breviário nem as que devem fazer todos os sacerdotes. Para ele, a Missa não tinha um significado especial. Caiu em sucessivas negligências em seu labor pastoral e se dedicou a muitas atividades no âmbito social, em detrimento dos fieis de sua paróquia. Fugiu do sofrimento próprio de sua missão e se portou de maneira covarde diante deste sofrimento.

Faltou aos mandamentos. Se confessava com regularidade, mas não apropriadamente. Não tinha propósito de emenda, nem verdadeira dor pelos seus pecados. Tomava a confissão como um “seguro contra o inferno”. Suas confissões não o conduziram a uma verdadeira mudança de vida. Se confessava quando queria, porque pensava que teria tempo suficiente.

Ele sabia que não estava fazendo o que devia, que não era o sacerdote que devia ser, mas não mudou a sua forma de proceder. Os fieis, sem embargo, consideravam que ele era um bom sacerdote.


O dia do acidente

No dia 18 de outubro de 1985 foi a Wichita, mais ou menos a 130 ou 140 kms de distância. Fez uma viagem pela estrada 86 (rota 86), a única estrada acessível entre Fredonia e Wichita. Era uma estrada montanhosa e perigosa, sem sarjetas e de alto tráfego. Foi ver a um sacerdote sobre algo que havia sucedido na paróquia de Wichita. Saiu pela manhã e regressou pela tarde. Na viagem de regresso, enquanto ultrapassava a um caminhão, se viu envolvido em um acidente de frente com uma caminhoneta que levava consigo três pessoas que residiam em Houston, Texas. Foi lançado fora do veículo, sofreu lacerações na cabeça e o couro cabeludo se desprendeu no lado direito. O lado direito do cérebro foi cortado parcialmente e muitas células foram esmagadas. Ficou praticamente inconsciente. Uma enfermeira que estava a um veículo atrás do dele, o ajudou imediatamente. Viu que tinha o pescoço ferido. Foi atendido em estado de emergência e levado de ambulância a um pequeno hospital próximo. Um médico lhe suturou o couro cabeludo que estava rasgado. Todos pensavam que não iria sobreviver. Aparafusaram na frente e por trás da cabeça, lhe colocaram um rígido revestimento para evitar movimentos e o levaram em um helicóptero a outro hospital em Wichita.


Não podiam operá-lo devido à gravidade da lesão.

Sofreu fratura de tipo C2, ou seja, a segunda vértebra cervical (é o mesmo tipo de lesão que ocorre nas pessoas que morrem enforcadas). Quando esta vértebra se rompe, a pessoa se asfixia. Se lhe houvessem movido a cabeça no lugar do acidente, ele teria morrido. Foi colocado em tração e os doutores lhe davam 15% de chance de probabilidade de vida. Permaneceu em cuidados intensivos até o mês de novembro. Esteve baixo tratamento de morfina e tração. Quando souberam do acidente, os membros de sua paróquia e de outras regiões vizinhas se puseram em oração por ele. E se recuperou de maneira surpreendente e rápida.

No dia 2 de dezembro lhe deram alta do hospital. Não esperavam que ele sobreviveria. Lhe disseram que, apesar de sobreviver, pensavam que iria ficar paralisado do pescoço para baixo, usando um respirador, olhando para o teto pelo resto de sua vida e sem voltar a falar.


Uma revelação que lhe abriu o entendimento

No mês de abril lhe retiraram os aparatos que o mantinha imobilizado. Ao regressar a sua paróquia, uma vez em que celebrava a Missa durante a semana, justamente neste dia foi o Evangelho de São Lucas, capítulo 13, versículos 6 e seguintes, sobre o dono da Vinha, que ordenara ao vinhador cortar uma figueira que não dava fruta há três anos. O vinhador intercede ante o Dono da vinha e lhe propõe pagar e cuidar dela por mais um ano para ver se daria fruto, ou se não, poderia cortá-la. De repente, enquanto se encontrava lendo esta passagem, a página tornou-se luminosa, aumentou e se aproximou a ele. Sentiu um grande choque e terminou a Missa como pôde. Depois teve que sentar-se e tomar algo para acalmar-se.


Chegou o momento do seu juízo

Neste momento recordou uma conversa que teve ocorreu um pouco depois do acidente. Ele não viu a ninguém, mas escutou as vozes. Nesta conversa, o padre Steven se encontrou na Presença de Deus. Ao sentir o amor puro de Deus na Pessoa de Jesus, o Padre Steven se sentiu realmente um pecador, mas o Senhor lhe disse: “Eu te amo, aproxima-te”. O Padre Steven se viu enfrentando o seu juízo particular, no que foram postos em evidência muitos pecados mortais que não conseguiu confessar, porque havia deixado tudo isso para mais tarde. Sentiu o Amor Justo de Deus quando o Senhor Jesus lhe disse: “Tua sentença é o Inferno por toda a eternidade”.

O Padre Steven contestou: “Sim, Senhor, eu sei”. Porque sabia toda a verdade de sua vida e isto não foi surpresa para ele. Comprovou que Deus nos conhece perfeitamente por dentro e por fora, e que não se deixa levar por aparências ou simples opiniões. Também soube intimamente, totalmente, de um modo irrecusável, que diante de Deus não valem desculpas, nem pretextos nem justificações.

Então, o Padre Steven escutou uma voz feminina: “Filho, por favor, podes perdoar sua vida e sua alma imortal?”. Mas o Senhor contestou: “Ele foi sacerdote por doze anos para si mesmo e não para Mim. Deixemos que ele colha o castigo que merece”.

A voz feminina replicou: “Mas Filho, se lhe damos graças especiais, então vejamos se dá frutos; se não, seja feita a Tua Vontade”. O Padre Steven sentiu o Amor Misericordioso de Deus quando o Senhor contestou: “Mãe, é teu.”

O Padre Steven não sentia devoção especial pela Virgem, mas, a partir daquele momento, começou a tê-la sempre presente em sua mente e em seu coração. Deu-se conta que lhe tomará toda a vida ser o sacerdote que deve ser. Com o tempo, o Padre Steven ingressou em uma comunidade contemplativa, não de clausura, que reza continuamente e intercede pelos sacerdotes. Deus deu uma oportunidade à sua alma e permitiu a continuidade de sua vida física, corporal; não há um dia em que não pense no que lhe aconteceu. Agora é muito mais consciente do que antes dos seus pecados.


Alguns ensinamentos que podemos aprender da experiência do Padre Stevens:

Há duas maneiras de crer: racional e intelectualmente ou com o coração. Durante muitos anos, Padre Steven creu apenas com a cabeça, ou seja, intelectualmente, em Deus, no Céu e nos Santos. Para ele, tudo era simbólico, apenas representações ou personagens imaginários.

O Inferno existe, e os sacerdotes não estão isentos dele, portanto, se faltam aos mandamentos. Até mais gravemente que os leigos, estão expostos a esse perigo. Os sacerdotes têm que dar conta de mais coisas que os fiéis comuns, posto que têm maiores responsabilidades em sua missão. “A quem muito foi dado, muito será cobrado”.

Deus nos ajuda a conhecer-nos a nós mesmos para que nos emendamos de nossos erros e corrijamos nosso caminho. Temos que estar receptivos e cooperar com a Graça de Deus.

Deus nunca disse “NÃO” à Virgem Maria. Nós não conhecemos a importância, a graça e o poder que Deus há dado à Santíssima Virgem.

Aprendamos isto: quando alguém foge dos sofrimentos e das cruzes próprias de sua vida e de sua missão, depois aparecerão cruzes ainda maiores, onde quer que uma pessoa vá. Mas quando as abraçamos, Deus adoça os sofrimentos e as cruzes pessoais.

O amor de Deus é maior que a sua Justiça, mas isso não quer dizer que Ele não será justo em seu juízo.

Podem morrer milhões de pessoas em um mesmo instante, mas o juízo é pessoal e uma pessoa o enfrenta só. Recorde-se continuamente, leitor, a sua salvação depende das suas ações: a forma como você está vivendo e amando verdadeiramente o seu próximo.

Nossa verdadeira casa está no Céu. Aqui, no mundo, somos peregrinos a caminho de nossa Pátria celestial.

NOTA: O Padre Steven Scheier foi ordenado sacerdote no ano de 1973. Era um sacerdote diocesano e foi enviado à paróquia do Sagrado Coração na cidade de Fredonia, ao sudoeste do Kansas.


Fonte: Píldoras de Fe, “Sacerdote muere y es condenado al infierno. Regresó con ayuda de María”. Disp. em:
pildorasdefe.net/post/testimonios/IHS.php?id2=Sacerdote-enfrenta-su-juicio-personal-y-es-condenado-al-infierno-Regreso-por-intercesion-de-Maria
Acesso 23/4/2024.

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A BÍBLIA CONFIRMA A SANTA IGREJA

A BÍBLIA COMO “ÚNICA REGRA” É HERESIA:
 
“Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular.”
(2 Pedro 1,20)
 
“Escrevo (a Bíblia) para que saibas como comportar-te na Igreja, que é a Casa do Deus Vivo, a coluna e o fundamento da Verdade.”
(1Timóteo 3,15)
 
“…Vós examinais as Escrituras, julgando ter nelas a vida eterna. Pois são elas que testemunham de Mim, e vós não quereis vir a Mim, para terdes a vida.”
(João 5,39-40)
 

“Porque já é manifesto que vós (a Igreja) sois a Carta de Cristo, ministrada por nós (Apóstolos), e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração (…); o qual nos fez também capazes de ser ministros de um Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.”
(2Cor 3,3.6)

A IGREJA SEMPRE OBSERVOU A TRADIÇÃO APOSTÓLICA
 

“Em Nome de nosso Senhor Jesus Cristo, apartai-vos de todo irmão que não anda segundo a Tradição que de nós recebeu.”
(2 Tessalonicenses 3,6)

“Então, irmãos, estai firmes e guardai a Tradição que vos foi ensinada, seja por palavra (Tradição), seja por epístola nossa (Bíblia). ”
(2 Tessalonicenses 2, 15)
 
JESUS CRISTO INSTITUIU O PAPADO
 

“Tu és Pedra, e sobre essa Pedra edifico a minha Igreja (…). E eu te darei as Chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus.”
(Mateus 16, 18)

“(Pedro,) apascenta o meu rebanho.”
(João 21,15-17)

“Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós (Apóstolos), para que da minha boca os pagãos ouvissem a Palavra do Evangelho.”
– S. Pedro Apóstolo, primeiro Papa da Igreja de Cristo (Atos dos Apóstolos 15, 7)
 
“Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma os teus irmãos.”
– Jesus Cristo a S. Pedro (Lucas 22, 31-32)
 
A IGREJA SEMPRE VENEROU MARIA COMO MÃE DE DEUS
 

“Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do Senhor? (Mãe do Senhor = Mãe de Deus, pois Jesus é Deus)”
O Espírito Santo pela boca de Isabel à Virgem Maria (Lucas 1,43)

“De hoje em diante, todas as gerações me proclamarão Bem-aventurada!”
– Santíssima Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor
(Lucas 1, 48)

NÃO HÁ VÁRIAS IGREJAS E SIM UMA SÓ
 

“Há um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo”
(Efésios 4,5)

“Ainda que nós ou um anjo baixado do Céu vos anuncie um evangelho diferente do nosso (Apóstolos), que seja anátema.”
(Gálatas 1, 8)

NÃO HÁ SALVAÇÃO SEM A EUCARISTIA
 

“Em Verdade vos digo: se não comerdes da Carne e do Sangue do Filho do homem, não tereis a Vida em vós mesmos.”
(João 6, 56)

“Minha Carne é verdadeiramente comida, e o meu Sangue é verdadeiramente bebida.”
(João 6, 55)
 
“O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão que partimos não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?”
(1ª aos Coríntios 10, 16)
 
A IGREJA SEMPRE CREU NA INTECESSÃO DOS SANTOS, QUE ROGAM POR NÓS NO CÉU
 

“E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos, da mão do anjo, diante de Deus.”
(Apocalipse 8, 4)

“Aqui (no Céu) está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a Fé em Jesus.”
(Apocalipse 14, 12)
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