Série ‘Crise ou Grande Apostasia’ – parte 1: Sim, isso está acontecendo

E EIS QUE O PAPA incorreu em heresia. Não uma vez, mas muitas vezes (o prof. Carlos Nougué diz que as heresias de Francisco não são ‘apenas’ como um elefante na sala, mas sim como uma manada inteira de elefantes irrompendo pela sala…). Mais do que isso, ele ensina o erro a toda a Igreja, em questões de fé e moral, e faz isso com contumácia, desde o primeiro dia do seu pontificado. E ele ensina um novo evangelho, não somente diferente, mas contrário ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. E o Papa proibiu a santa Missa de ser celebrada no seu rito mais sagrado e venerável, máxima expressão litúrgica autenticamente católica, enquanto permite e mesmo incentiva todo tipo de abuso e profanação dos nossos templos sagrados…

Eu realmente detesto falar sobre essas coisas, e como gostaria de ainda poder me posicionar do lado contrário, dizendo o contrário, que o Papa não quis dizer isso, que ele não quis fazer aquilo, que no fundo ele quis dizer e fazer aquilo outro, e que está tudo bem, que não importam alguns escorregões que ele tenha sofrido aqui e ali, afinal só temos que obedecer quando ele se pronuncia solenemente sobre alguma coisa…

Mas eu não posso fazer isso, porque minha consciência não permite. Vejo (e fico estupefato de ver!) que muitos ainda estão tentando tampar o Sol com suas frágeis peneiras, como eu um dia tentei fazer também, fechando os olhos com força para não ver e renegando a realidade simples, objetiva e irrecusável que se coloca bem diante dos nossos olhos.

Penso que todos nós, pessoas minimamente esclarecidas e de boa consciência, sabemos, acima de qualquer dúvida realmente razoável, que, na prática, o que está havendo neste exato momento é uma apostasia generalizada, muito provavelmente a pior crise que a Igreja já viveu em toda a sua história. E são usadas (pelo Papa!) todas as estratégias sujas que os revolucionários, os hereges e os apóstatas sempre usaram: a mudança do sentido das palavras, os discursos dúbios, a maquiagem grosseira das suas intenções. Para eles – Francisco à frente –, é o amor pela Tradição, a reverência pela autoridade dos pastores, o tentar seguir o exemplo dos Santos, o apego à santa Missa tradicional que causam “divisão” na Igreja. E o que causa divisão precisa ser combatido duramente, sem piedade, sem nenhum pingo da misericórdia que tanto alardeiam. Mas os revolucionários, os adeptos da heresia da libertação e a multidão de clérigos hereges e fornicadores infiltrados na Igreja, ocupando altos cargos e fazendo tudo às claras, rodeando como lobos devoradores o rebanho assustado e confuso, esses não causam divisão. Para esses, sim, toda a misericórdia do mundo. Bispos e padres abençoando uniões homossexuais não representam divisão; nada de “reprimir” ou afastar nenhum desses profanadores: isso seria semear a “divisão”, e o mais importante é “derrubar muros” e “construir pontes”. Já as pontes com a Tradição devem ser sumária e impiedosamente derrubadas, implodidas, destroçadas. Esses que querem santificar as suas vidas ou rezar segundo a liturgia antiga não merecem nenhuma consideração ou misericórdia.

E dá-lhe culto à Pachamama em pleno Vaticano, participação em rituais pagãos, beija-mãos de mulás islâmicos (afinal o deus dos muçulmanos, é o mesmo que o nosso…), vivam os judeus (porque eles nos precederão no Céu…)… Exagero da nossa parte? Desgraçadamente, não: todas essas coisas vêm sendo pregadas por todos os papas da nova igreja fundada pelo Vaticano II, eis um fato, o qual demonstraremos.

A partir de hoje inicio, aqui, a publicação de uma série de estudos sobre esses assuntos urgentes, mais aprofundados do que aqueles que disponibilizei na versão aberta d’e ‘O Fiel Católico, porque penso que aqui tenho mais liberdade para falar dessas coisas difíceis, com pessoas mais progredidas e conscientes daquilo que está acontecendo. É preciso fazer isso porque tenho recebido todos os dias essa pergunta tão incômoda e que não quer calar: “O que está acontecendo?”… Esses assuntos têm tomado, forçosamente, o meu campo de interesses teológicos e todo o meu tempo livre há um bom tempo, já há alguns anos, tempo no qual venho acumulando material e conhecimentos. Todavia, no meu entender, falar a respeito até este ponto não era prudente e, principalmente, não era tão urgente como se tornou agora. A situação atingiu um ponto de extrema gravidade e que exige uma reação. O Sínodo da sinodalidade é a gota d’água.

As postagens em questão vão tratar as raízes do grande mal que nos assola, da perdição moral, da degradação absoluta da liturgia, da dessacralização da Missa, da perversão da doutrina. Terão que tratar, pois, necessariamente, da legitimidade do atual pontífice, até que ponto e de que modos, se é possível depô-lo, por quem e como, etc. É um fato cada vez mais inescapável que os nossos tempos exigem essa meditação e esse olhar sobre tais assuntos difíceis, dificílimos, porque a crise já ultrapassou o limiar do suportável, com um aumento vertiginoso e crescente do número dos que vão deixando a Igreja, abandonando os Sacramentos, perdendo a Fé.

A cada dia que passa, mais e mais as almas, muitas realmente desesperadas, inquietam-se e se perguntam: “Afinal, onde está a verdadeira Igreja de Cristo?” “Francisco é mesmo Papa? Ou terá vindo para destruir a Igreja de vez?”… Esta última dúvida e esta acusação vai se tornando cada vez mais comum, e parece cada vez mais razoável a um número cada vez maior de fiéis, a cada novo golpe recebido. Estarão absolutamente certos os sedevacantistas, ou estão completamente errados? Ou será que nem uma nem outra coisa se pode dizer a esse respeito? O que é cisma, realmente? Um cisma, neste momento, seria um mal ou um bem para a Igreja? Um papa herege continuaria sendo papa? O que devemos e podemos fazer em dias de tamanha confusão?

Como um pobre leigo, um simples fiel católico que anda sofrendo tanto quanto todos os outros – ao menos entre aqueles que têm boa consciência e um coração que arde de amor honesto por Nosso Senhor e sua Igreja (isso eu posso dizer que tenho, mesmo do fundo do abismo das minhas culpas e limitações) –, não posso dizer que saberei dar respostas objetivas para todas essas grandes e urgentes perguntas. Mas eu tenho me prostrado todos os dias aos pés de Nosso Senhor flagelado e crucificado, contemplando suas feridas e implorando que me dê luz e ciência para ao menos tentar dissipar um pouco destas densas trevas em que estamos mergulhados, a tantos que me pedem. A partir da oração frequente e dos estudos diligentemente aplicados, o que posso (e penso que devo) fazer é apresentar as possibilidades de solução que se nos apresentam, com a máxima clareza e honestidade, e com a linguagem mais simples possível.

Quais os caminhos possíveis, quais as propostas que temos, de quem estão partindo essas mesmas propostas, e porque/como tomar uma decisão? Apresentaremos aqui tais reflexões. Porque, sim, é preciso tomar uma decisão, ainda que esta decisão seja a de não fazer nada e continuar apenas rezando. Ocorre que mesmo o rezar hoje é difícil. Muitos dos novos livros de oração da Igreja, muitas das propostas de devoções e novenas que temos agora são estranhos, alguns insinuam coisas que nada tem a ver com a verdadeira Religião.

Mas permanecer impassível, ou “ficar em cima do muro” não é possível. O muro é do diabo.



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4 respostas

  1. Caro Henrique,

    Certamente você concorda, que se Deus permite o mal, é para extrair um bem maior. Estamos no ápice da trama urdida no Concílio Vaticano II…porém, se notarmos que antes desde Concílio nem poderíamos estar conversando sobre os meandros da Igreja, porque teríamos que ter uma permissão formal de um bispo, imagine se não fosse o CVII? Bom, tenho como certo que, o Espírito Santo autorizou o CVII, tinha em vista dar poder ao leigos para estruturarem a Igreja de Cristo…aliás, eis uma profecia do Venerável Fulton Sheen, de que os leigos salvariam a Igreja…e, assim, tenho visto acontecer…o Sínodo da Boçalidade não irá prevalecer, certamente, será o sínodo que exterminará com os inimigos infiltrados…pois veja, estamos aos milhões em luta, silenciosa e efetiva, para reconstruir a tradição…por exemplo, de uns anos para cá, o Padre Paulo Ricardo não tem mais uma pregação bombástica, mas aprofundou os temas e qualidade de seus cursos e, assim, Padre José Eduardo, Padre Douglas Pinheiro etc…Por outro tanto, e mais valioso aos olhos do Senhor, os leigos, como Você mesmo caríssimo Henrique, e a Liga Cristo Rei entre muitos outros anônimos que, de paróquia em paróquia tem ministrado homeopatias de Tradição da Igreja…non prevalebunt…temos a garantia…a luta é longa, tudo na Igreja é séculos…então, mantenhamo-nos firmes, unidos e buscando uns aos outros…e a crise passará…afinal, ele permanece em nós e nós nele…

    1. Salve Maria, Marcos! Tenho uma posição diferente da sua em relação ao Concílio, mas é muito bom e saudável que possamos conversar a respeito em alto nível e nos ajudarmos mutuamente para alcançar novas luzes sobre problemas tão complexos. Para mim, o VII é o grande marco e foi o grande triunfo dos inimigos da Igreja, e em última análise é por causa dele que estamos tão mal assistidos. Se não fosse pelo VII, com certeza não veríamos Buda e Pachamama em cima do altar, nem teríamos papas beijando o Alcorão (que blasfema contra Cristo), nem uniões pecaminosas sendo abençoadas diante do Sacrário, nem o erro sendo ensinado a toda a Igreja, nem toda a profanação da Liturgia e dos templos sagrados que vemos hoje, nem um papa contrariando frontalmente a Cristo, etc, etc. Se o único benefício que o Concílio trouxe foi a maior participação dos leigos, não posso considerar que isso tenha sido realmente um grande bem.

      Não é bem exato que antes do Vaticano II não se podia conversar a respeito dos temas que tocam a Igreja. Sempre tivemos leigos destacados e incentivados por padres e bispos. O que havia antes era um zelo maior (certamente com abusos aqui e ali, porque onde houver seres humanos teremos erros e falhas), que filtrava essa participação mais ativa e opinativa dos leigos – mas, por outro lado, de fato não é o papel dos leigos definir o certo e o errado sobre a Doutrina, a Fé e a Moral, como acontece agora: essa é a obrigação dos pastores, os quais, quando falham na sua missão, então “as pedras clamam”. Eu tento ser uma dessas pedrinhas, indigno e falho como sou.

      Concordo que a solução é nos mantermos firmes e unidos, e fundamentados em Cristo, a Rocha que nunca vacilará. O Inferno não prevalecerá e, no fim, o Imaculado Coração triunfará. Deus nos salve!

      Henrique Sebastião

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A BÍBLIA CONFIRMA A SANTA IGREJA

A BÍBLIA COMO “ÚNICA REGRA” É HERESIA:
 
“Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular.”
(2 Pedro 1,20)
 
“Escrevo (a Bíblia) para que saibas como comportar-te na Igreja, que é a Casa do Deus Vivo, a coluna e o fundamento da Verdade.”
(1Timóteo 3,15)
 
“…Vós examinais as Escrituras, julgando ter nelas a vida eterna. Pois são elas que testemunham de Mim, e vós não quereis vir a Mim, para terdes a vida.”
(João 5,39-40)
 

“Porque já é manifesto que vós (a Igreja) sois a Carta de Cristo, ministrada por nós (Apóstolos), e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração (…); o qual nos fez também capazes de ser ministros de um Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.”
(2Cor 3,3.6)

A IGREJA SEMPRE OBSERVOU A TRADIÇÃO APOSTÓLICA
 

“Em Nome de nosso Senhor Jesus Cristo, apartai-vos de todo irmão que não anda segundo a Tradição que de nós recebeu.”
(2 Tessalonicenses 3,6)

“Então, irmãos, estai firmes e guardai a Tradição que vos foi ensinada, seja por palavra (Tradição), seja por epístola nossa (Bíblia). ”
(2 Tessalonicenses 2, 15)
 
JESUS CRISTO INSTITUIU O PAPADO
 

“Tu és Pedra, e sobre essa Pedra edifico a minha Igreja (…). E eu te darei as Chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus.”
(Mateus 16, 18)

“(Pedro,) apascenta o meu rebanho.”
(João 21,15-17)

“Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós (Apóstolos), para que da minha boca os pagãos ouvissem a Palavra do Evangelho.”
– S. Pedro Apóstolo, primeiro Papa da Igreja de Cristo (Atos dos Apóstolos 15, 7)
 
“Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma os teus irmãos.”
– Jesus Cristo a S. Pedro (Lucas 22, 31-32)
 
A IGREJA SEMPRE VENEROU MARIA COMO MÃE DE DEUS
 

“Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do Senhor? (Mãe do Senhor = Mãe de Deus, pois Jesus é Deus)”
O Espírito Santo pela boca de Isabel à Virgem Maria (Lucas 1,43)

“De hoje em diante, todas as gerações me proclamarão Bem-aventurada!”
– Santíssima Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor
(Lucas 1, 48)

NÃO HÁ VÁRIAS IGREJAS E SIM UMA SÓ
 

“Há um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo”
(Efésios 4,5)

“Ainda que nós ou um anjo baixado do Céu vos anuncie um evangelho diferente do nosso (Apóstolos), que seja anátema.”
(Gálatas 1, 8)

NÃO HÁ SALVAÇÃO SEM A EUCARISTIA
 

“Em Verdade vos digo: se não comerdes da Carne e do Sangue do Filho do homem, não tereis a Vida em vós mesmos.”
(João 6, 56)

“Minha Carne é verdadeiramente comida, e o meu Sangue é verdadeiramente bebida.”
(João 6, 55)
 
“O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão que partimos não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?”
(1ª aos Coríntios 10, 16)
 
A IGREJA SEMPRE CREU NA INTECESSÃO DOS SANTOS, QUE ROGAM POR NÓS NO CÉU
 

“E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos, da mão do anjo, diante de Deus.”
(Apocalipse 8, 4)

“Aqui (no Céu) está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a Fé em Jesus.”
(Apocalipse 14, 12)
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